ALGUNS AUTORES BEM CONCEITUADOS QUE TROUXERAM GRANDES INFLUÊNCIAS NA LITERATURA INFANTO-JUVENIL:

RUTH ROCHA

Ruth Machado Louzada Rocha nasceu em 2 março de 1931, em São Paulo. Escritora  brasileira renomada, especialista em livros infantis, reconhecida como uma das maiores escritoras infanto-juvenil brasileira. Formou-se em sociologia e exerceu a profissão pedagógica.

Durante sua carreira escreveu para a revista Cláudia (revista para o público feminino) e para a revista Educação. Criou e publicou 130 títulos, sendo que 35 deles foram traduzidos e distribuídos no exterior, em 25 idiomas.

Dedicou mais da metade da sua vida escrevendo para crianças e jovens, criando mundos, histórias e desenvolvendo a imaginação de milhares de leitores das suas obras. Uma escritora que marcou e continua marcando várias pessoas, levando vida e sorrisos, sendo parte do resto de suas vidas.

Monteiro Lobato e a sua criação em contato com a natureza (árvores, chácaras, frutos... Cenários imprescindíveis para suas brincadeiras e aventuras na infância) foram grandes influências em sua vida como escritora. Seu início de carreira é marcada no ano de 1976, com uma de suas grandes obras "Palavras Muitas Palavras".

Entretanto o livro que mais fez sucesso e fez com que fosse conhecida em diversos lugares do mundo foi "Marcelo, Marmelo, Martelo" com 25 
edições e 10 milhões de exemplares vendidos - obra que foi traduzida em várias línguas, sua escrita é rica, pensado para crianças e na sociedade, onde um menino fazia várias perguntas sobre as palavras, seus significados, criando novas palavras. Um bom exemplo é o livro “Uma História de Rabos Presos" que faz uma crítica social, publicado em 1989 no Congresso Nacional Brasileiro.

Em 1988 na sede da ONU lançou “Declaração dos Direitos Humanos para as Crianças" defendendo os direitos das crianças.

Ganhou quatro prêmios Jabuti, algo que é muito importante para qualquer um que se dedica no ramo da literatura brasileira, sendo de grande interesse e destaque seu livro de 2002, "Escrever e criar".

Em 2008 foi eleita para ser membro da Academia Paulista de Letras.

Ruth Rocha sempre criou histórias divertidas, inesquecíveis e com temas pensados para refletir e introduzir na criança a leitura e o espírito investigativo e instigador. Criando um amor pela leitura e trazendo de gerações em gerações suas histórias queridas.

ALGUMAS OBRAS DE RUTH ROCHA

Marcelo, Marmelo, Martelo;

Mil Pássaros;

Como se Fosse Dinheiro;

Palavras Muitas Palavras;

Uma História de Rabos Presos;

Declaração Universal dos Direitos Humanos Para Crianças;

Pessoinhas - Natureza e Sociedade;

Almanaque Ruth Rocha;

O Macaco Bombeiro;

O Coelhinho Que Não Era de Páscoa;

O Velho, O Menino e o Burro;

O Sistema de Caderninho Preto;

Armandinho, o Juiz;

A Rua do Marcelo;

A Menina Que Aprendeu a Voar;

Gabriela e a  Titia;

Viva a Macacada;

O Que é, O Que é?;

De Hora em Hora;

Solta o Sabiá;

O Gato e a Árvore;

A Arte de se expressar Bem em Público;

Escrever e Criar, Uma Nova Proposta.                  

Para saber mais sobre essa autora e seus livros. Acesse o site: http://www.ruthrocha.com.br/, nele você encontrará sobre sua carreira, vida e obras mais detalhadamente. Onde terá também uma ferramenta muito interessante, que lhe ajudará a encontrar a obra mais indicada para sua proposta pedagógica ou interesse.

REFERÊNCIAS:

ROCHA, Ruth. Biografia. 2015. Disponível em <http://www.ruthrocha.com.br/biografia>. Acesso em 22 de Abril de 2015.

(Foto de rosto da Ruth Rocha) Imagem retirada do link:
https://www.google.com.br/search?q=ruth+rocha&tbm=isch&imgil=OzAoPkW9PdtqaM%253A%253Bj66RYfh8AVPm4M%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fon.ig.com.br%25252Fpalavra%25252F2015-04-27%25252Fruth-rocha-comemora-50-anos-de-carreira-harry-potter-nao-e-literatura.html&source=iu&pf=m&fir=OzAoPkW9PdtqaM%253A%252Cj66RYfh8AVPm4M%252C_&usg=__zVZh7QHv5lg4pVYCs6PP2y2orzQ%3D&biw=1280&bih=675&ved=0ahUKEwjWs9aLurfMAhVFFpAKHdZQBZMQyjcIfA&ei=dTclV5alAsWswATWoZWYCQ#imgrc=OzAoPkW9PdtqaM%3A

SELEÇÃO DE LIVROS PARA CADA IDADE (3 A 10 ANOS)

Para crianças de 3 anos: 

• Livro de Histórias (Georgie Adams): 
  

Um livro para a primeira infância, com oito histórias. Quatro delas são conhecidíssimas: "Chapeuzinho Vermelho", "Os três porquinhos", "João e o pé de feijão" e "Cachinhos Dourados e os três ursos". As outras têm a mesma graça, mas são um pouco menos contadas no Brasil: "Os duendes e o sapateiro", "Os três bodes da montanha", "A princesa de verdade" e "O homem-bolo". Escritas e traduzidas com talento e sensibilidade, são histórias que organizam em forma de narrativa os afetos múltiplos e contrastantes que povoam a mente infantil.

• Até as princesas soltam pum (Ilan Brenman):
  

Esta obra conta a história do dia em que o pai de Laura pegou o livro secreto das princesas e contou para a filha algo que ninguém sabia. O livro convida os pequenos leitores a descobrirem que segredo é este.

Laura é uma garotinha bem curiosa e uma das questões que mais a intriga é saber se as princesas soltam ou não pum. Mesmo diante da realidade, Laura descobre que as princesas dos contos de fadas continuam a ser as mais lindas princesas.

Tornar-se princesa é um sonho comum entre as meninas. Tanto que Até as Princesas Soltam Pum, sucesso também na Espanha e Coreia do Sul, ganhou uma versão para os palcos.

• De quem são essas patas (Ciranda Cultural): 

De quem são essas Patas? De quem são essas patas cheias de dedos? E essas com um casco? Os animais estão escondidos por toda parte neste livro de abas repleto de patas. O objetivo é começar a ensinar os animais para a criança e as diferenças entre eles através das patas.

• O ursinho apavorado (Keith Faulkner):

É um livro de dobraduras que diverte e surpreende as crianças com suas figuras que saltam a cada virada de página, seja um leão de juba enorme, um gorila de braços compridos ou um elefante com orelhas de abano. No livro, o Ursinho acordou assustado no meio da noite. Tinha ouvido um barulho horrível...O que seria? Um leão faminto? Um gorilão furioso? Um elefante? Um rinoceronte? E onde estava o Papai Urso? Não ia socorrer o seu filhinho? Descubra de quem era o barulho neste livro de dobraduras. 

• O grande e maravilhoso livro das famílias (Mary Hoffman, Ros Asquith):

Um retrato sensível e bem-humorado de diferentes experiências familiares a partir de elementos concretos e cotidianos, como habitação, moradia, trabalho, alimentação, lazer etc. Os relacionamentos aparecem de modo complexo, com estrutura variada (famílias extensas ou reduzidas, hetero, homo ou monoparentais, biológicas ou adotivas etc.), multiplicidade de sentimentos e estilos de comunicação. Texto e ilustrações em diálogo fecundo enfrentam com humor e criatividade os preconceitos e estereótipos da família como realidade única e imutável. É preciso falar com as crianças desde pequenas sobre os tipos de famílias. Ainda á muitos preconceitos a serem quebrados, e esse livro ajuda na conscientização desde pequenos e a não ter, evitar ou diminuir o preconceito entre as próprias crianças. É recomendado para crianças de três anos até 10 anos, por se tratar de um assunto muito importante a ser trabalhado pedagogicamente. No momento está em reedição e a próxima edição prevista para: 27/05/2016.

Para crianças de 4 anos: 

• A casa sonolenta (Audrey Wood): 

Numa casa sonolenta com uma cama aconchegante, todos estão sempre dormindo. As repetições no texto dão o tom sonolento, que é interrompido por uma pulguinha acordada. Esse livro auxilia na repetição e na matemática, pois vai gradualmente falando dos personagens e sempre voltando ao primeiro.

• Bruxa, Bruxa venha a minha festa (Druce Arden): 

Uma garota pede para que toda a sorte de seres assustadores compareça a sua festa. E lá vão Bruxa, Gato, Espantalho, Coruja, Árvore, Duende, Dragão, Pirata, Tubarão, Cobra, Unicórnio, Fantasma, Babuíno, Lobo e... epa! Chapeuzinho Vermelho? Uma história diferente e criativa que mostra a fidelidade da amizade infantil. Além de trabalhar a repetição, todas os pedidos da menina são começados por “por favor” e as respostas são começadas por “obrigado”, fazendo com que a criança se acostume com essas palavras e percebam a importância de usá-las.

• O menino e o jacaré (Mate): 

Neste livro você vai encontrar a história de Nuati, um indiozinho que costumava zombar de um jacaré-açu e que acabou se metendo em apuros...É uma adaptação de um mito tradicional dos Kayapó, um povo guerreiro e artista que gosta de pintar o corpo e de se enfeitar como pássaros. Uma maneira interessante de contar sobre os índios. Apesar de ser mais serio é importante ser trabalhada com as crianças desde pequenas para ir introduzindo os mitos dos índios brasileiros e um pouco de sua cultura, desmistificando um pouco, o conceito de que índio pinta o rosto usa cocar anda pelado e faz “uuuhh” com a boca. O dia do índio tem que ser tratado de maneira mais realista mostrando os verdadeiros índios e as diferenças entre as tribos.

• Flicts (Ziraldo): 

Tudo tem cor. O mundo é feito de cores, mas nenhuma é Flicts. Uma cor rara, frágil, triste, que procurou em vão um amigo entre outras cores, que não encontrou um lugar para ficar. Abandonada, Flicts olhou para longe, para o alto, e subiu, para finalmente encontrar-se. Uma maneira divertida e poética de ensinar cores para as crianças.

• Coleção pirlimpimpim do Monteiro Lobato são ótimas histórias para as crianças e apresenta a turma do Sítio do Pica Pau Amarelo de maneira mais infantil e engraçada.

• A Arca de Noé (Vinicius de Moraes): 

Crianças e adultos sabem de cor alguns dos poemas infantis de Vinicius de Moraes, graças ao ritmo inteligente e bem-humorado dos seus versos. As deliciosas versões musicais de A arca de Noé são exemplo dessa simpatia que o poeta conquistou entre pequenos e grandes leitores. Os discos A arca de Noé 1 (1980) e A arca de Noé 2 (1981) traziam composições como 'O pato', 'A casa', 'O gato', 'O pingüim' e 'São Francisco', que se tornaram famosas nas vozes de Chico Buarque, Milton Nascimento, Toquinho, Marina Lima e Ney Matogrosso, entre outros intérpretes. O livro 'A arca de Noé' traz todos os 32 poemas da edição original, publicada pela Companhia das Letrinhas pela primeira vez em 1993. Ilustrações assinadas por Nelson Cruz compõem a reedição deste clássico infantil.

 Para crianças de 5, 6 e 7 anos:

• Menina bonita do laço de fita (Ana Maria Machado):

Era uma menina linda. A pele era escura e lustrosa, que nem pêlo da pantera quando pula na chuva. Do lado da casa dela morava um coelho branquinho que achava a menina a pessoa mais linda que ele já vira na vida. Queria ter uma filha linda e pretinha como ela. Esse livro é excelente para trabalhar com as crianças para debater sobre o racismo que, infelizmente, ainda é presente. Mostrar que todos são bonitos e não deve haver a distinção. 

• Cada um com seu jeito, cada jeito é de um (Lucimar Rosa Dias):

Conta uma história divertida e ao mesmo tempo possibilita discutir o tema das diferenças físicas e os modos de ser de cada pessoa. Luanda é a personagem dessa história que mostra que as relações de amizade, afeto e respeito devem fazer parte dos grupos sociais em que vivemos.

Seu público alvo são as crianças, por isso buscou-se o universo da brincadeira como referencial principal. Trabalhar com as crianças sobre as diferenças é de extrema importância para que não haja distinção e elas se tornem cidadãos melhores.

• Aldeias, palavras e mundos indígenas (Valéria Macedo):

Yano, Ëjcre, Üne, Oo — por incrível que pareça, essas quatro palavras significam a mesma coisa. Representam, na língua de quatro povos indígenas diferentes (os Yanomami, os Krahô, os Kuikuro e os Guarani Mbya), o vocábulo casa. Através delas e de muitas outras palavras, neste livro o leitor é convidado a conhecer um pouco da vida e dos costumes desses grupos: onde moram, como se enfeitam, suas festas, sua língua. É importante para trabalhar com as crianças e desmitificar a ideia de que existe apenas uma tribo e que todos os índios falam, se vestem e agem iguais. Tratar os índios de forma importante até hoje para nós, fazendo parte da nossa cultura. 

• Histórias de Xingu (Cláudio e Orlando Villas Bôas):

Cláudio e Orlando Villas Bôas dedicaram suas vidas aos índios brasileiros. Em 1943 abandonaram a vida na cidade para participar, como trabalhadores braçais, da Expedição Roncador-Xingu, que tinha como objetivo desbravar parte da Amazônia, então considerada desabitada. Nessa viagem conheceram grupos que nunca tinham tido contato com não índios, e desde então lutaram para demarcar suas terras, prestar assistência à saúde e preservar sua cultura. Criaram laços de amizade com mais de vinte povos e, em 1961, ajudaram a fundar o Parque Nacional do Xingu.

Cláudio e Orlando conheceram mais do que ninguém a cultura dos xinguanos, e narram aqui nove histórias assim como as ouviram. São contos que falam do imaginário desses grupos, de seus costumes, crenças e cosmologia.

Uma extensa introdução da antropóloga Betty Mindlin dá mais detalhes sobre a história dos irmãos Villas Bôas e dos índios do Alto Xingu. Mais um livro para tratar dos índios brasileiros de forma criativa e real mostrando seus costumes e como eles vivem.

• A escolinha do mar (Ruth Rocha):

No fundo do mar existe uma escola, na qual polvos, lulas e siri-patolas, todos os peixinhos e estrelas-do-mar se juntam alegres para estudar. Lá dona Ostra e o professor Camarão ensinam felizes sua lição.

• Marcelo, marmelo, martelo (Ruth Rocha):

Este livro mostra situações reais do cotidiano de um jeito que procura ser simples e de modo colorido. Os personagens dos três contos que compõem este livro são crianças que vivem no espaço urbano. Elas resolvem seus impasses com muita esperteza e vivacidade; Marcelo cria palavras novas, Teresinha e Gabriela descobrem a identidade na diferença e Carlos Alberto compreende a importância da amizade.

                     

• A pequena Alice no país das maravilhas (Lewis Carroll):

Vinte anos depois de seu grande clássico Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll reescreveu a mesma história para crianças de 0 a 5 anos: Nursery Alice, ou A pequena Alice no país das maravilhas. No ano em que se comemorou os 151 anos de Alice, a Galerinha traz para o Brasil uma nova edição da obra, ilustrada pelo francês Emmanuel Polanco e traduzida pela premiada escritora Marina Colasanti. Com um coelho balzaquiano, um gato de enigmáticos sorrisos, e uma menina que muda de tamanho a cada capítulo, a história continua deliciosa! De cabeça para baixo e sem sentido. Ou melhor... com o sentido dos sonhos. Sempre livres, sempre lindos, eternos.  Alice no país das maravilhas fez 150 anos em abril 2015. A obra já foi traduzida para mais de 125 línguas e só na língua inglesa teve mais de 100 edições.

• Reinações de Narizinho volumes 1 e 2 (Monteiro Lobato e Paulo Borges):

Volume 1:

Você quer descobrir como a boneca Emília começou a falar e nunca mais fechou a torneirinha de asneiras? E conhecer de perto Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, neta de Dona Benta, que está sempre inventando novas reinações? Pois então mergulhe nas páginas deste livro, que tem início com a primeira história infantil escrita por Monteiro Lobato.

Volume 2: 

As histórias deste livro estão cheias de surpresas e emoções. Graças ao pó de pirlimpimpim, a turma do Sítio do Picapau Amarelo passeia pelo reino das fábulas e dos contos de fadas. E recebe a visita do Pequeno Polegar e do Gato de Botas, junto com muitos outros personagens encantados que transformam o Sítio em um cenário repleto de magia.

Para crianças de 8,9 e 10 anos

• Todas as cores do negro (Arlene Holanda):

Aborda, em linguagem de prosa poética o universo da cultura e herança dos

povos africanos no Brasil. Passeia pelo processo histórico da escravidão, com foco na resistência e se demora no período pós-abolição: as condições de abandono a que foram submetidos os negros, as estratégias de sobrevivência, o preconceito, a segregação social. Em paralelo a essas dificuldades, vai sendo realçado o “DNA” da cultura negra no processo de miscigenação com a europeia e indígena:carnaval, samba, congadas, maracatus, capoeira, culinária, religião, sincretismo.

Trabalha a ideia do conceito “liberdade” associado à garantia dos direitos de

cidadania: moradia, saúde, escola, alimentação, lazer.

A poética do livro nos leva a uma reflexão sobre a importância da diversidade, do respeito às diferenças.

• Coisas de índio (Daniel Munduruku):

Bonito panorama sobre as comunidades indígenas do Brasil, é índio e gosta de ser índio. Ou seja, acha fundamental o resgate do orgulho indígena, tão em baixa desde que os brancos aqui aportaram. Tanto que a expressão 'coisas de índio' tem valor negativo, querendo dizer - 'coisas de gente esquisita, de ignorante'. Mas, desde que conduzidos pela mão certa, basta uma rápida olhada na cultura e na história dos povos indígenas para vermos que não é bem assim. 'Coisas de Índio' é um livro para pesquisa, acessível, interessante e muito atraente, capaz de fazer com que o leitor sensível compreenda toda a riqueza e pluralidade das coisas de nossos índios.

• Sonhos de uma noite de verão- Turma da Monica Jovem (Mauricio de Souza):

Neste livro, a famosa história de Sonho de uma Noite de Verão é interpretada pelos personagens da Turma da Mônica Jovem. Em uma releitura moderna com texto claro e acessível para leitores de todas as idades, uma oportunidade única de conhecer alguns dos maiores clássicos da História assim já introduzindo a literatura clássica com uma leitura dinâmica e fácil para as crianças.

• Mais respeito, eu sou criança (Pedro Bandeira):

É a reunião de poeminhas que eu gostaria de ter escrito quando tinha oito anos, por aí. Isso porque estes versos são uma espécie de desforra de tudo o que eu queria palpitar na infância e que os adultos não me deixavam falar ou não quiseram ouvir. Explico: todo mundo diz que as crianças devem respeitar os adultos. E os adultos? Não têm de respeitar as crianças? Este é um assunto sério mesmo... E, toda vez que um assunto é sério mesmo, o jeito é pensar nele através da poesia. Por meio dela, a gente consegue dizer melhor o que sente, o que sonha e o que nos incomoda. A poesia é uma maneira gostosa de tirar o retrato dos nossos sentimentos. Por isso, com essa estranha câmera fotográfica nas mãos, escrevi este livro para você, lembrando-me do tempo em que eu só ouvia: "Cala a boca, menino!", "Pare quieto, menino!", "Vá pro seu quarto, menino, que isso não é conversa pra criança!". E coisas do tipo... Ah, que desforra gostosa! Uma importante oportunidade de dar espaço para as crianças e inserir poemas, uma linguagem dinâmica e importante na escrita.

                                                                                  

• Planeta Corpo (Sílvia Zatz):

André nunca tinha pensado em como seria o lado de dentro do seu corpo. Até o dia em que foi misteriosamente transportado para um lugar desconhecido, cheio de perigos e surpresas. A sorte é que ele faz amizade com Hema, um glóbulo vermelho que o acompanhará nessa emocionante aventura, levando-se a descobrir cada pedacinho do Planeta Corpo. Mas e para sair dali? O cientista Epitácio Baço - especialista em assuntos extracorporais e inventor da fantástica Máquina dos Mundos - é o único que poderá ajudá-lo a voltar são e salvo para casa. Uma oportunidade de ensinar biologia de forma engraçada, curiosa e própria para as crianças.

• Ou isto ou aquilo (Cecília Meireles):

Um dos mais belos clássicos da poesia brasileira, 'Ou isto ou aquilo' aborda os sonhos e as fantasias do mundo infantil - a casa da avó, os jogos e os brinquedos, os animais e as flores, tudo ganha vida nos poemas de Cecília Meireles. Introduzindo a literatura desde a infância com uma das autoras mais importantes do Brasil. 

FELIZ DIA DO ÍNDIO!

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      Hoje é um dia muito especial, onde comemoramos uma Cultura e refletimos sua importância e sua presença no nosso cotidiano. O Dia do Índio foi criado em 1943, pelo presidente Getúlio Vargas (Decreto 5.540). Mas a pergunta que não quer ser silenciada: POR QUE 19 DE ABRIL?
      Em 1940 aconteceu no México o 1º Congresso Indigenista Interamericano. Neste evento houve o encontro e a participação de diversas autoridades governamentais e de líderes indígenas do continente americano, todos juntos para tomar decisões. Porém por causa do contexto histórico que viveram no passado (marcados por agressão e perseguição praticados pelos "homens brancos"). Os índios ficaram receosos no princípio do Congresso, assim só comparecendo em 19 de Abril. Data que ficou marcada na História até hoje.

      Neste dia, nas escolas, os professores acabaram entrando muito neste assunto tanto por ser uma data comemorativa, mas também para introduzir, apresentar e valorizar a cultura indígena que é tão vasta e de grande relevância.

    Contudo, para introduzirmos nos alunos o olhar crítico e trazer uma reflexão, respeitando e produzindo novas ideologias é necessário bons materiais, respeitando a faixa etária dos alunos, como os LIVROS.

      Nos links abaixo você pode encontrar livros extremamente interessantes e que serão um grande auxilio em sua aula, podendo propor atividades lúdicas, que incentivam o uso da criatividade e imaginação dos alunos. Após a leitura você poderá:
   - Propor para os alunos que desenhe a parte da história que mais chamou sua atenção;
   - Sugerir que escrevam uma história que tenham características da cultura indígena;
   - Fazer um debate com os alunos, levantando suas opiniões e o que mais lhes interessaram.

      Existe uma variedade de atividades que podem ser propostas, deixe nos comentários as ideais que foram colocadas em prática e diga se trouxeram bons resultados.

http://revistacrescer.globo.com/Livros-pra-uma-Cuca-Bacana/Nossas-listas-tematicas/fotos/2015/04/7-livros-sobre-indio.html#foto-1
http://m.folha.uol.com.br/folhinha/2015/04/1617952-no-dia-do-indio-especial-traz-12-livros-para-criancas-com-temas-indigenas.shtml 
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/10-livros-historias-indigenas-folclore-brasileiro-738413.shtml

Saiba mais sobre a cultura indígena por meio de exposições em museus: 
http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/indio

REFERÊNCIAS

http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/19-abril-dia-Indio.htm

http://escolakids.uol.com.br/dia-do-indio.htm

http://noticias.terra.com.br/educacao/voce-sabia/saiba-como-19-de-abril-se-tornou-o-dia-do-indio,f308859fd53ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

** Imagem modificada, porém retirada do link: https://www.google.com.br/search?q=dia+do+%C3%ADndio&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiiv6yunrfMAhWCipAKHRukAR0Q_AUIBygB&biw=1280&bih=675#tbm=isch&q=desenho+de+%C3%ADndio+colorido&imgrc=sF4M_HBWOkb3sM%3A

DICAS PARA DESPERTAR NOS ALUNOS O GOSTO PELA LEITURA

Gostar de ler não é algo que nasce com a criança, mas que ela desenvolve ao longo de sua existência através dos estímulos que recebe para tal atividade.

          O professor pode despertar o gosto de ler através da criação de um ambiente em que o aluno se sinta curioso pelos livros e da disposição de atividades que influência o aluno a trabalhar diretamente com a leitura. A seguir, citarei dicas que auxiliarão o professor nesse processo.

RESERVAR LUGARES NA SALA DE AULA PARA GUARDAR LIVROS

        Não deve haver um dia em que será a aula da leitura, o aluno deve ver o ato de ler com algo comum que pode ser feito sem um texto específico e para isso é preciso quebrar esse sentimento de estranheza em relação aos livros. Portanto, reservar lugares na sala de aula é importante para que os alunos se acostumem com a leitura e possam pegar um livro para folhear.

SER UM EXEMPLO DE LEITOR PARA O EDUCANDO

       É comum, ao longo do tempo de estudo, que os professores falem sobre os benefícios que a leitura pode trazer, indiquem livros e ressaltem suas qualidades. Mas alguns desses professores nunca levaram um livro para a turma e nem se quer foi visto acompanhado de um livro.

        O ato de mostrar para o aluno que mesmo sendo um professor, ainda lê, é uma das formas mais simples de estimular a leitura e ainda pode despertar a curiosidade dos alunos.

Portanto, o professor deve dever demonstrar o amor que tem pela leitura. Considero esse tópico muito importante.

ATRAVÉS DE TEXTOS QUE DESPERTAM O INTERESSE DOS ALUNOS, MOSTRAR A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA

       É certo que os alunos não terão interesse em textos que não têm relação com suas realidades ou que não despertam sentimento algum. Além de gostar de ler, é preciso ter um motivo ou uma necessidade.

      Os professores precisam conhecer os interesses de seus alunos e a partir disso selecionar textos e livros de acordo com os gostos apresentados para trabalhar em cima deles, lendo e interpretando.

      É preciso mostrar que um livro (ou um texto) pode ser um amigo para conversar e trocar ideias. É necessário mostrar a utilidade da literatura. Muitos alunos não leem, pois não encontram um motivo para isso, não veem como algo importante e isso não é culpa deles e sim de uma sociedade imediatista que só vê utilidade em algo que lhe traga uma resposta rápida.

    Muitos adolescentes costumam ler livros de ficção, mas é difícil perceber a utilidade dele em nossas vidas. Portanto, utilizar livros que não são de ficção pode ser um bom método para mostrar esse sentido de necessidade e utilidade da literatura.

PROMOVER PROJETOS A PARTIR DA LEITURA

Propor atividades que possam trabalhar qualquer obra, saindo do comum e integrando o grupo.

      Exemplos de atividades:

―   Fazer a leitura em voz alta, aproveitando os diálogos para cada aluno fazer o papel de um personagem;

―   Organizar uma feira de leitura para toda a escola, onde os alunos serão os organizadores e terão que apresentar um livro escolhido;

―   Fazer uma leitura dramatizada onde os alunos incorporam os personagens, podendo se caracterizar ou apresentar imagens dos fatos.

―   Trabalhar o livro com música, onde cada grupo fica responsável por um capítulo e tem que contar sua história produzindo uma música;

―   Reinventar os personagens, podendo desenhá-los de acordo com a narração do livro.

―   Montar uma peça teatral de algum referido acontecimento de uma obra literária.

      É importante que o professor aproveite esses métodos para estimular a leitura de seus alunos, mas não se esquecendo de apresentar o contexto social, político e econômico que cada obra literária apresenta. Caso um livro relacione outro ator, comente essa relação, apresente as diferenças, influências e torne essa leitura uma questão humana e não só um objeto de aprendizado.

      Essas foram algumas ideias que podem apresentar eficácia em seu objetivo. E mesmo cada turma exigindo uma postura diferente do professor, esperamos que você possa utilizar uma destas sugestões. 

 Se você usou algum método distinto que houve um resultado positivo, compartilhe com a gente nos comentários, seu método pode auxiliar muitos professores nessa difícil missão de estimular a leitura em nossos alunos.

REFERÊNCIAS

http://www.lendo.org/despertar-gosto-leitura-literatura-dicas-para-professores/

http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/20390/como-despertar-o-interesse-pela-leitura

http://www.plataformadoletramento.org.br/acontece-projeto/861/despertando-o-gosto-pela-leitura.html